Estamos
diante de uma crise, e o objeto em questão é a água, que revela a forma como o
Estado faz a gestão dos recursos hídricos do país. A população será testemunha
da maneira como nossos líderes políticos atuam, e conduzem as políticas
públicas no Brasil. As decisões políticas são tomadas de forma reativa, jamais
de forma pró ativa, ou seja, primeiro é necessário que ocorra a catástrofe para
depois ter uma ação pública. A questão é: Será possível uma reversão do cenário
catastrófico, ou teremos um ano de 2015 pior que o ano de 2014? Como será?
“Ciência
é conhecimento organizado.
Sabedoria
é vida organizada.”
(Immanuel Kant)
A
ciência tem nos revelado as mazelas que iremos sofrer caso não tenhamos uma
ação pró ativa para com as previsões futuras de nossas descobertas, os cientistas
são os profetas do presente, que testemunham a necessidade de uma mudança de
comportamento, os recursos naturais são limitados, embora uma sociedade do
consumo crie necessidades ilimitadas, ou seja, a economia contábil do
desenvolvimento sustentável é deficitária, consumimos mais que a nossa
capacidade instalada, mais que a natureza do globo terrestre nos fornece a cada
ano. Não há decisões sábias por parte de nossas lideranças políticas, que
venham a constituir uma vida organizada. Caminhamos para desorganização do poder
público, que irá perder a legitimidade da condução da vida da sociedade.
Começaremos a ver iniciativas privadas e particulares para a manutenção do
padrão de vida, e a lei será ditada por quem tem mais força, ou seja, quem tem
mais dinheiro e poder político. Caminhamos para a constituição de um “Estado
Paralelo” com suas regras e leis próprias. É o início da derrocada
institucional do Estado Republicano constituído, caso não sejamos capazes de
reverter os efeitos profetizados pelos cientistas de plantão.
“Uma
vida não questionada
não
merece ser vivida.”
(Platão)
Existe
a necessidade de se fazer um grande questionamento, quanto à forma, que estamos
sendo conduzidos por nossos líderes políticos. As verdades são meias verdades,
me parece que o problema é muito mais grave, revela pontos de ingerência,
ineficiência, e interesses obscuros. A quem interessa um estado de calamidade?
Podemos atuar sobre o presente para construirmos um cenário melhor para o
futuro, para tal, devemos deixar de sermos reativos, para passarmos a ser pró
ativos, o que falta é uma decisão política.
“Espere
o melhor, prepare-se para
o
pior e receba o que vier.”
(Provérbio Chinês)